O som de um tiro ecoa na noite,
a sirene dos carros de polícia
concluem o soneto urbano,
abafando por completo o choro
da criança abandonada sob
um viaduto fétido...
Retrato urbano
ampliado a cada novo amanhecer,
não interrompe o discurso vazio dos políticos,
nem as cifras de mais um dia de negócios,
não afeta o sermão do padre escondido atrás de palavras
ou muito menos a decisão de consumo da senhora que
vai ao shopping.
O retrato urbano
não impede o passeio do conformado
com o grande câncer que se cria e
muito menos a poética de quem escreve
sobre o tema, considerando está a grande
máxima de uma realidade...
No choro da criança a incerteza de um futuro,
na dor a olhos vistos o crescimento de uma nação...
4 de jan. de 2008
Retrato urbano
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