4 de jan. de 2008

Introdução

Está poesia iniciada em 23.06.98,
às 23:02 foge a todos padrões
exigidos pelos críticos ao Livre Pensar.
Contrariando todo senso de rima,
ordem e autopunição.
Surge aqui muitas linhas que atingirão
poucas pessoas...

Nas frias paredes de concreto,
esconde-se o homem de seus sonhos,
atrás de seus anos perdidos,
ilustrados em um diploma
que o impossibilita de dizer
uma só palavra que mostre sensibilidade...

Certo, certo... existe o progresso, a tecnologia...
e toda inteligência artificial vendida nas ruas,
para quem tiver condições de comprar...
E quem não tiver...? É excluído...?

O rei reina... para o povo...
O rei acumula... para o povo...
O rei mata... o povo
O rei reina feliz...

E o homem, vagando na noite,
procurando nas ruas o prazer que
sua requintada dama, não tem
a permissão de lhe proporcionar...

E as crianças...
condicionadas desde o berço
a serem réplicas com código
de barras em seus delicados braços...

O peixe tenta respirar...
O peixe tenta nadar...
O peixe tenta comer...
Mas o rio secou...

Mas, se tudo fugir do controle
existe a força...
A arma dispara e o corpo cai no chão...
Pólvora e sangue, regam as flores
do campo...

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