E o tolo olha a montanha
achando que ela o levará ao céu,
acorrentado em sua próprias ilusões
no palco de concreto diante de seus olhos...
Preso às aparências,
vaga em seu deserto de incertezas
a procura de água para lavar seus olhos...
E a energia se esvai,
em seus pobres pensamentos
e toda sua fé acaba
no momento que abre seus olhos...
Tristeza, dor e solidão
são freqüentes em sua vida
da arte não abstrai nada,
e jamais consegue olhar uma mulher em seus olhos...
Nunca chorou ao ver
a simplicidade da essência
ou o sorriso de uma criança.
Nunca viu a beleza do mundo através de seus olhos...
E nunca brilhou ou teve coragem
de olhar seu coração...
Pois o frio invade seu peito, congela a alma
e torna vazio seus olhos...
Este tolo está morrendo,
lentamente, como um leproso
e não consegue pedir ajuda
porque ninguém consegue olhar dentro de seus olhos...
Resta agora, fechar seus olhos...
4 de jan. de 2008
O tolo e seus olhos
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