4 de jan. de 2008

De tudo um pouco

Enquanto do alto vejo o mar acariciar
a silhueta da grande mãe,
soltas correm as linhas de mais uma poesia,
palavra entregue ao vento
como o espelho da alma.

A alma respirou o prana da imensidão;
solitária e induzida pelo canto milenar dos pássaros
conduz o vôo de todos seus sonhos
ao mais distante paraíso:
nosso próprio entendimento.

Crer, saber e amar
fundem-se em apenas um sopro de ar que,
ao contemplar a grandeza de toda esfera,
impulsiona o coração a bater,
brilhando a noite com as estrelas
e revelando seus segredos
a outro solitário coração.

Coração distante
que bate em ritmo de recuperação,
curando cicatrizes embalsamadas
em uma nova esperança.

Esperança de um dia entregar-se
sem medos e vícios,
mas com todas as certezas
confinadas em sua própria dor.

Dor onde o coração testa, desafia, ensina
e até mesmo um dia há de negar todos
os sonhos que dele se aproximam...

E no âmago,
há a certeza do momento
onde estes corações se juntam
na simbiose de dois que farão um,
transformando a lua e o sol
em apenas uma forte estrela.

Estrela símbolo das antíteses,
dos duetos, do amor e do ódio, da noite e do dia,
do homem e da mulher.

Estrela que representa a semente
de um novo e grande amor.

Semente que um dia brotará, e,
quando em árvore se transformar,
produzirá frutos que pelos quatro cantos
adocicarão as bocas venenosas,
e terá raízes tão fortes que, nenhuma intriga,
dúvida ou mentira lhe trará perigo.

Uma árvore cuja sombra servirá
para quem do amor passar a viver,
e que do amor fará LUZ...

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